sábado, 14 de agosto de 2010

Infinito do verbo

Amar pode ate estar no infinitivo

Mas amar não é definitivo

Ou ate mesmo infinito

Amar tem seu fim no inicio já descrito

 

Ah! Amor sempre acaba

E você não esquece quem você amava

Porem quem você amou já te esqueceu

Tanto faz se você vive ou já morreu

 

E você é morto por quem você morreria

E vê o fim do que infinito um dia disse que seria

E tenta esquecer o que não se consegue

Por isso que no fim você sempre bebe

 

Beber pode estar no infinitivo

Mais beber não é definitivo

Pode ate mesmo parecer

Porque a ressaca te lembra o por que

 

 

Ah! Embriagues sempre acaba

E a ressaca é como amar quem não te amava

E por quem você bebe por você nunca vai beber

E por quem você sofrer por ti nunca vai sofrer

 

E você bebe pra esquecer

Quem nunca lembrou de você

E essa noite você bebe tentando saber

Como era antes de ti viver

 

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

I_MUNDO ( @kelpedonni )

 

I_mundo

 

Quando deitamos

Fechamos os olhos pra nossa volta

E esquecemos do mundo

Das suas injustiças e revoltas

Mas é só quando deitamos?

Tem gente com fome

Tem gente com frio

Tem gente que morre sem um nome

Tem gente de baixo da ponte a margem do rio

Tem gente na calçada fria

Querendo não mais que um jornal

Não como você pra ver o horóscopo do dia

Mas pra se proteger do frio esquecimento social

Tem crianças nas ruas

Sem mãe, pai sem ninguém.

O homem querendo ainda ir à lua

Esquecendo os problemas que aqui tem

Nesse instante o que você faz agora?

Tem gente inventando bomba nuclear

Tem um mundo se destruindo

E você se preocupa apenas e não perder a hora

Tem gente ajudando

E tem gente atrapalhando

Tem gente matando por pouco

Tem gente chorando

O cara que cantava a paz era louco

Tem gente sonhando

Tem gente querendo curar doenças

E tem gente inventando

Cada um na sua crença

Uns procuram fazer o bem

E outros tantos tentando piorar

Tem gente com fome e frio

Tem gente sem esperança

Sem fé, sem fé.

Ate quando acreditar em Deus

Ate quando acreditar num futuro melhor

Estão pagando pra ver a realidade nos cinemas

Como se as pessoas não saíssem mais de casa

A realidade do cinema é mais real

Que a realidade da porta da sua casa

Filmes de guerra são campeões de bilheteria

E o documentário da paz cadê?

Ta longe de sair, será que alguém se interessa em fazer.

Tem que ter boa imaginação pra isso

Porque daqui não da pra ver essa paz

Aqui os senhores da guerra só tem um compromisso

Ele é totalmente financeiro e egoísta

Tanto que seu nome esta fora da listas

Dos que tem direito a essa imunda herança

Pra mim, eu fico com a esperança.

Tentando fazer minha parte nesse galinheiro

Onde o galo que canta

Amanha pode ser mais um herdeiro

Dessa monarquia de sangue e matança

Onde eu não fui chamado pra dançar

Dança de porcos na lama

Morre o monstro fica a fama

Esse ciclo vicioso de poder

É o que põe tudo a perder

Morre um pra outro nascer

Nasce um pra outros morrerem

Morrem outros pra vocês verem

É, pra vocês só verem.

E continuar só olhando

Ate da vontade de mudar

Da vontade, só vontade.

A vida é mesmo um jogo

Se você não tiver vontade de vencer

Ou de mudar o que não te agrada

E deixa sempre acontecer

Espera ai sentado seu triste fim

Que você traçou esperando morrer

Aceitando de cabeça baixa

As crueldades desse I_MUNDO

As coisas começam por baixo

E vão tomando proporções globais

Está indo do aquecimento ao esquecimento

Hoje se vive o inicio do fim

Assim eu vejo...

Como você eu também vejo...

E lá no fundo bate um coração

E nele um forte desejo

De quando eu acordar já terem encontrado a salvação

Não um exterminador

Ou coisa do tipo

Só uma forma de propagar o amor

De aceitar cada um como é

De ser feliz com que temos

 

 

Dedicado à @kelpedonni


Os pobres de espíritos

Famintos de entretenimento

Os cômodos

Sedentos de ilusão

Estagnados bem onde eu quero

Onde eu os manipule

E o pouco que eu ofereço

Pareça-lhe exagero

Apenas sonho de consumo

Apenas novidades fúteis

Atraentes aos olhos

Imponente aos olhares

Futilidades maquiando

Quem realmente você é

Te tenho onde eu quero

Faço de você o que quero

O máximo que você pede

É mais do meu veneno

Em variados níveis de dose

É mais do meu pouco conteúdo

Eu que sustento vocês com tão pouco

Faço o mundo parecer

Somente aquilo que teus olhos querem ver

Teus espíritos famintos

Pedindo mais e mais

E eu alimento vocês de ilusão

Eu nunca falo sobre o certo e o errado

O bonito e o feio

O bom e o ruim

O doce e o amargo

O interessante e o sem graça

Os honestos e os desonestos

O positivo e o negativo

O caro e o barato

O necessário e o fútil

O útil e o inútil

Eu apenas os defino

Para que vocês tenham mais tempo

Pro meu doce veneno

Eu nunca procurei vocês

Mais vocês estão ali

Exigindo mais e mais de mim

E todo tanto pouco é tanto

E eu idéia de um louco

Cresci aos poucos

Hoje estou na sua sala

E te digo tudo que você quer saber

Omito tudo que você não precisa saber

Você me diz o que quer

Eu que apenas alimento seus pobres espíritos

Famintos de tão pouco conteúdo

Hoje vejo que eu te ofereço de tudo

E tudo que eu tenho na verdade não te serve mais

Por que amanhã chegam mais novidades

Como vocês amam

Ah! Como vocês amam variedades

Vocês esgotando seus bolsos

Seus valores morais

Teu suor dedicado a mim

Teu salário por mim

Tudo por mim

Todos vocês por mim

Vocês que me chamam de TELEVISÃO

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Paradoxo

Metafórico por natureza

Complexo e critico

O sabor do suco cítrico

A exterioridade falsifica a beleza

A verdade por melhor que seja

É amarga no inicio



Eu prefiro a mentira

Que desce suave pela alma

É na verdade a verdade que ser quer

É o som de um tango argentino

Por fim começa inocente como um menino

E termina por ferir como uma mulher



Dói a alma a sutileza da verdade

Fere como uma espada que dilacera o coração

E a verdade parece ficção

Por mais absurda que a verdade fuja a razão





Mentira é um afago de prostituta

E vago e confortante

É uma omissão de fatores que não altera resultados

É só um –RELAXA- pra alma

Pra que não percamos a calma

É a rota de fuga para o caminho da sobrevivência

Da nossa falsa existência...



É bem verdade o que minto

Dizendo como mentira

As verdades que sinto...

Descarregando em suaves versos

Toda minha ira

Fazendo a verdade ter papel inverso

A tornando tão útil e vazia como a mentira

domingo, 8 de agosto de 2010

Poema da Madrugada

Na verdade eu sempre minto

Na verdade todos mentem, o mundo mente

Tudo faz parte do que sou do que sinto

Mas eu nunca consigo expressar, o que eu sinto.

Penso que falo, quando me calo pro que penso

Estou nervoso tentando ser perfeito

Deixando cada vez mais visíveis meus incorrigíveis defeitos

Coisas que eu não consigo disfarçar

Que são mais visíveis ainda diante teu olhar



by: Paolla e Eu (na madrugada)